Vamos falar um pouco de música? ---Pretty Lights---

Quem vai no Lollapalooza levanta a mão!!!! o/ o/ o/

A vinda do Lollapalooza para São Paulo fez um grande agito na galera. Com muitas atrações famosíssimas internacionais, grandes nomes brasileiros, inclusive o Mano Brown e cia (?), vão estar presentes no festival. Mas, como podemos ver no line-up nem todas as atrações são tão populares assim . E eu venho aqui hoje falar sobre uma delas, que por sinal foi quem me motivou a ir ao festival a qualquer custo: o Pretty Lights.

Antes de falar de sua música, vou aproveitar o momento revolucionário para falar a respeito de sua atitude, que me fez ser sua fã antes mesmo de ouvi-lo. Pois é, o tal do Derek Vicent Smith, condinome Pretty Lights, disponibiliza TODAS as suas músicas gratuitamente em seu site oficial, com a opção de doação. se você ouviu e gostou, doe! Nesses tempos de ACTA e outras propostas que se referem a proteção de direitos autorais, e indiretamente (ou não) a insatisfação das grandes gravadoras com a perda de milhões por conta dos downloads ilegais, esse cara distribui seu conteúdo gratuitamente, e o mais legal: ele tem feito shows ao redor do mundo inteiro, e apesar de eu não saber qual é o seu lucro por meio das doações, posso dizer que não deve ser pouco, já que seus top vídeos no youtube passam, e muito de milhões de vizualizações, sem contar que suas apresentações lotam (pelo que pude perceber em seus vídeos ao vivo). O mais legal de tudo isso, é que ele não contribui com a indústria, e com isso não colabora com a exploração do artista, e ainda defende o direito do acesso a cultura. Bela atitude, não é mesmo?

Ficou curioso sobre a música que ele faz? Vamos lá.

Para começar, em sua página do last.fm, as tags que definem seu estilo são muitas, e entre elas as que eu colocaria são: glitch-hop, dubstep, downtempo, jazz, soul, IDM, funky, eletronic.

É bem por aí o som do Pretty Lights, seguindo bem a tendência da música atual: Música Eletrônica Inteligente (IDM), que talvez englobe todo o resto. Sem contar sua performace ao vivo, que deixa claro o porque desse nome. Muitas luzes, muitas mesmo, um espetáculo a parte a produção visual dos seus shows. Enfim, um artista, muito criativo, que brinca com faixas conhecidíssimas de artistas consagrados, e, por sua vez, cria as suas próprias músicas sem ficar devendo nada. Seu som é repleto de swing do tradicional funky americano, de levadas de jazz, de scratches, enfim, acho melhor cada um julgar por si mesmo, já que não tenho a menor intenção de ser crítica musical, nem de convencer ninguém.

O vídeo que segue é de uma apresentação no Colorado, seu estado natal, no ano passado, e é uma produção incrível baseada em ninguém mais, ninguém menos, que de uma das maiores bandas de rock que já existiu, e da qual sou grande fã: o Led Zeppelin.

Eu, enquanto fã do Led, juro que fiquei até emocionada. E, para quem gostou, o site do Pretty Lights, com todos os seus trabalhos para download, é o http://www.prettylightsmusic.com que vale visitar, nem que seja só pelo visual do site que é bem bacana.

Agora, se você gostou, mas quer ver uma música completamente original, segue o vídeo de Gold Coast Hustle. Se possível ouça em fones de ouvido, ou em boas caixas acústicas, pois temo que se for ouvido em caixinhas de computador você não conseguirá aproveitar nem 75% da música - fica a dica.

Espero que tenham aproveitado, e quem curtiu, vamos no Lollapalooza ver esse monstro da música eletrônica ao vivo!

Eu fico por aqui, e dessa vez com um post bem mais leve, porque são atitudes como a desse grande artista que fazem a diferença!

Thank You Prettty Lights!

e até mais a todos!

Carnaval…A festa é de quem?

Olá meus caros. Eu estive pensando que precisava de um tema mais alegre, discontraído, para comentar aqui no blog, porque do jeito que as coisas andam, se eu for falar apenas do que têm deixado meu cabelo em pé nos últimos dias, esse blog ia ter que mudar de nome, e de proposta, antes mesmo de ganhar vida efetivamente. O mundo anda caótico demais e eu não estou tendo muita animação para escrever a respeito de coisas agradáveis, então estava em busca de um tema, quando me deparei com o tema do mês de fevereiro, principalmente para o brasileiro: o Carnaval.

Quanta alegria! As pessoas se fantasiam, se divertem, enchem a cara, enfim, é uma comemoração só. A festa da carne, do sexo. Pôr uma máscara e deixar sua identidade de lado, que hoje em dia, nada mais significa do que trepar com todo mundo. Ficar muito louco, bêbado, sair de si, e voltar a sua vida comum depois de uma péssima manhã de quarta-feira de cinzas, que talvez seja a melhor cor para descrevê-la. Porque é nesse dia que se começa a fazer o balanço do carnaval.

Quer dizer, hora de ficar mais cinza do que a ressaca tinha deixado. Quem você comeu(deu), usou camisinha, ou não lembra? Era a mulher do seu amigo? Bateu o carro? Caiu de bêbado e roubaram a sua carteira? Poderia enumerar quase que infinitas situações possíveis pós carnaval, mas o que mais me intrigou quando decidi falar sobre esse tema foram os preços.

Gostaria de saber o porque o carnaval é chamado de festa popular. Fiquei abismada ao ver quanto custam os ingressos para assistir os desfiles das escolas de samba aqui em São Paulo. Segue um print que fiz direto do site de venda dos ingressos:

Note que depois o parenteses “Open Bar/Open Food” foi substituido por  “ ‘Espaço Corporativo e Familiar’(Entretenimento,Alimentação,Comodidade,Segurança e Conforto)” no Site oficial.

Aí eu me pergunto: E essas “taxas de (in)conveniências” absurdas? Como fazer uma festa popular em que o ingresso mais barato custa R$66,00 mais a taxa simbólica de R$34,00, que no total o ingresso mais “barato” sai por R$100,00 para apenas um dia de desfile, sendo que o salário mínimo do brasileiro está na casa dos seisentos e poucos reais, quer dizer, quem brinca nessa festa?

Eu sei que vão me falar coisas como “Ah, mais você paga R$200,00,  R$300,00 para assistir a um show” por exemplo, mas digo-lhes amigos, um show não é denominado “festa popular”, claro que deveria haver mais incentivo a cultura com ingressos mais baratos, mas esse não é o tema hoje. Os desfiles de carnaval são feitos em sua maior parte, por pessoas simples, que amam aquilo tudo, que dedicam suas vidas para que esse evento aconteça. Tanto as pessoas da produção, como costureiras, bordadeiras, o pessoal que pega no pesado mesmo, que controem os carros alegóricos, etc. É claro que eles ganham para isso, mas tenho certeza que não teriam condições de assistir o desfile que eles praticamente fizeram, de camarote. Mesmo as pessoas que desfilam (salvo, é claro os convidados, que têm grana para pagar e provavelmente não pagam, porque são famosos e vão dar ibope para a escola.) são pessoas comuns, que economizam para comprar suas fantasias por um dia de sonhos.

Particularmente eu gosto de assistir os desfiles, acho muito bonito o trabalho das escolas, e também não vou tirar o corpo fora, acho muitos dos sambas-enredo bacanas e tal, mas não é por isso que tenho que concordar com a politicagem envolvida no carnaval. Aliás, na teoria, o carnaval é uma festa muito importante da nossa cultura, e houve um tempo em que as pessoas “brincavam” efetivamente o carnaval. A diversão era sadia e existiam bailes de que tocavam as famosas e divertidas marchinhas, resumindo, o carnaval não era apenas mais uma indústria, assim como outras grandes datas como a páscoa, o natal, etc. Eu gostaria de ter vivido o carnaval de antigamente, de onde, inclusive, sairam belas canções da nossa música, de grandes compositores, como Chico Buarque, Vinícius de Moraes e muitos outros.

Tudo isso é muito bonito, mas a realidade é outra. O carnaval hoje é uma festa que resulta em mortes, acidentes de carros, brigas, gravidez indesejada, além de um buraco na conta bancária de muitos. A economia é sim bem movimentada, mas fico pensando se o custo-benefício vale a pena. Se o turismo que o carnaval gera, compensa se colocarmos na balança com os números da prostituição infantil nessa época do ano. Enfim, são muitos pontos que podemos abordar, mas creio que não há muita coisa a se fazer nesse sentido, além de campanhas melhores de conscientização, e o principal, que é a auto-conscientização. Não vamos nos esquecer o mercado real que é essa festa, e de que a vida do brasileiro não é bem um mar de rosas para que todo mundo “esqueça” do que está acontecendo no nosso país, do nosso governo corrupto, que alimenta esse tipo de festas porque o brasileiro está sempre comemorando, mesmo que seja vítima de enchente, se o salário mal dê para pagar as contas, se a escola que é oferecida para os seus fihos ensina apenas ele ser mais um ignorante, sem raciocínio próprio, sem uma visão política bem formada, se o sistema de saúde pública não funciona e não atende em muitos aspectos a necessidade das pessoas, entre outros fatores, o que nos torna vítimas de uma das políticas mais antigas do humanidade “A política do Pão e do Circo” que desde o coliseu no antigo Império Romano, funciona muito bem para os governantes, e para toda a nossa tão querida elite, que vai se divertir muito no carnaval, que vai assistir o espetáculo do povo, feito pelo povo, de camarote: Afinal, quem pode pagar um ingresso de R$1000,00 por um dia de desfiles? Ah mais eles não vão pagar não, porque a maioria foi convidada, junto com os famosos, para os camarotes das grandes indústrias de cerveja…

Bem, eu não vou entrar no mérito do “faça isso, ou não faça” cada um faz o acredita ser melhor, e eu espero que não seja apenas para si próprio. Então, vista a sua fantasia, ou não, e se for cair na folia, pense um pouco na folia real que os magnatas estão fazendo, onde o bobo da corte é você.

 

Até Breve!

Diga NÃO ao ACTA!

ACTA: o que você está fazendo para tentar impedi-lo?

Infelizmente eu dou início as atividades do Mistura COMtudo temendo não poder continuar por muito tempo. Eu gostaria de estar aqui escrevendo uma bela mensagem de boas-vindas, fazendo umas piadinhas e tal, mas eu não tenho ânimo algum pra isso. Só de sentar na frente do PC e abrir o navegador me dá tristeza. Fico pensando se um dia eu vou me lembrar "da época em que a gente baixava arquivos da internet, de quando a gente tinha liberdade de expressão na internet." Não!!! Eu não quero, eu não admito isso! E vou fazer TUDO o que eu puder para tentar impedir. Por isso dou início as atividades desse blog com esse tema trágico. SOPA. PIPA. ACTA, fechamento do Megaupload, grupo Anonymous...

Você já ouviu falar sobre alguma dessas coisas? Provavelmente deve ter ouvido alguma coisa sobre o SOPA (Stop Online Piracy Act ou, em tradução livre, Lei de Combate à Pirataria Online), ou o PIPA (Protect IP Act), que também é um projeto de lei sobre direitos autorais. Se você ainda não ouviu falar disso, também não deve saber que foi devido a esses projetos, e em resposta aos protestos de grandes sites da internet que o FBI tirou o site de compartilhamento de arquivos Megaupload do ar, e prendeu seu dono Kim Dotcom e seus funcionários: Entenda melhor o que aconteceu clicando aqui.

Ao fechamento do Megaupload, o grupo Anonymous, um grupo ativista da internet, já conhecido de outros carnavais (vide link acima), respondeu com a "Operação Represália", ou apenas #OpMegaupload, como ficou conhecida nos Trending Topics do Twitter, onde inúmeros sites do governo, inclusive o do próprio FBI, sites de gravadoras como a Universal Music, entre muitos outros foram derrubados pelo grupo.

Depois alguns dias de "cyber guerra" os projetos de lei SOPA e PIPA foram adiados, porém, uma coisa muito pior veio a tona: O ACTA.

"O Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA, em inglês Anti-Counterfeiting Trade Agreement) é um tratado comercial internacional que está sendo negociado, com o objetivo de estabelecer padrões internacionais para o cumprimento da legislação de propriedade intelectual, entre os países participantes. De acordo com seus proponentes, como resposta "ao aumento da circulação global de bens falsificados e da pirataria de obras protegidas por direitos autorais"^[1]." (Fonte: Wikipédia. Leia o artigo completo aqui)

As negociações foram iniciadas em 2007 e, espantem-se, doze países, mais a União Européia, já assinaram esse tratado.

Agora vejam esse vídeo, do grupo Anonymous sobre o que vai acontecer com a internet, e outras cositas mais se esse acordo entrar em vigor:

O que me acalenta um pouco é que o Brasil já respondeu que não vai assinar o acordo, segundo entrevista ao Estadão, Kenneth Félix Haczynski, chefe da Divisão de Propriedade Intelectual do Itamaraty, diz que " Ao tentar agilizar o combate à pirataria, corremos risco de comprometer direitos, a privacidade e a liberdade da rede." Graças a Deus (?) a Constituição está sendo respeitada dessa vez. Mas, não é por isso que nós brasileiros devemos ignorar esse tratado. Ele existe e pode comprometer a nossa internet mesmo não sendo assinado no nosso país, afinal o conteúdo que acessamos não necessariamente vêm de servidores brasileiros, e fora os arquivos em geral, piratas ou não, que são compartilhados mundo a fora, também há informações que podem não chegar a nós, aliás, que podem não sair de seus países, por que há uma ditadura na internet dos mesmos, ou seja, abriremos espaço para a ditadura, que sempre vem acompanhada de várias outras atrocidades, que poderão ser facilmente ocultadas do resto do mundo com uma internet reprimida. E, vejamos, que incoerente, os países árabes viveram sua primavera (todas as revoluções, que eu acho que os telejornais exploraram até a última gota), graças a internet, e após o ACTA, isso poderia não ter acontecido, porque os provedores vão "fiscalizar" todo o conteúdo acessado, baixado e enviado por seus usuários, e levando em conta o mundo em que vivemos, os interesses financeiros que sempre estão acima de qualquer outra coisa, enfim, vocês sabem bem do que eu estou falando, vocês acham que eles não vão CONTROLAR efetivamente TODA a movimentação na rede? Vocês acham que qualquer coisa antigovernista, ativista, etc, não vai ser fervorosamente fiscalizada?

É claro que sim! E, agora minha opinião, vocês não acham que do modo escuso está sendo realizado esse acordo, e que ainda por cima tem o apoio dos grandões da grana (grandes marcas, gravadoras, estúdios de cinema, etc.), eles não estão mesmo pensando em "convencer" o mundo de que ele é bom? Em tornar a internet desses países que assinaram o ACTA uma "internet modelo" onde não há pirataria, e com o aumento do lucro da grandes corporações vai ser fácil de convencer qualquer um.

Enfim, nós temos que ajudar, pelo menos a DIVULGAR isso, para as pessoas ficarem avisadas e informadas sobre essa atrocidade que estão propondo mundo afora, pois essa informação está sendo sonegada pelas mídias de massa. Ou alguém viu notícias a respeito do ACTA na nossa querida Rede Globo de Televisão? Ou mesmo na Rede Record, ou qualquer canal de TV aberta? Pra falar a verdade para vocês, eu acredito que até os Trending Topics do Twitter são manipulados, pois enquanto os ataques da #OpMegaupload estavam acontecendo não havia nenhum TT nos EUA sobre o assunto. Estranho né? Mas isso é assunto para outro post.

Para concluir, a mensagem final é: Informe-se, e, principalmente, compartilhe a informação. Faça o melhor que você puder, conte para os seus amigos, para sua família, compartilhe nas redes sociais, enfim, o que estiver ao seu alcance para que essas informações possam atingir o maior número possível de pessoas. Boicote as corporações que apoiam esse projeto. E, se tiver mais alguma coisa que possa fazer, faça! Não vamos deixar a internet se tornar uma ditadura. Vamos nos unir e lutar pelos nossos interesses.

Vamos ao menos uma vez, defender o que é nosso!

DIGA NÃO AO ACTA!!!

Notas: 

1) Os links desse post são todos de sites confiáveis como: Wikipedia, Tecnoblog, Terra, Uol...Pode clicar sem medo! 

2) Se você se interessou e quiser mais informações, procure pelos videos do grupo Anonymous no YouTube e siga @YourAnonNews no Twitter. 

3) Se quer apoiar a causa, comece assinando a petição mundial contra a ACTA: http://www.avaaz.org/po/eu_save_the_internet/

4) Ficou alguma dúvida? Perguntem que eu farei o possível para esclarece-las.

Até breve! E espero voltar com notícias melhores...